10 de abril de 2017
ATUALIZADO EM

Guarda-redes relata falta de água e comida em clube brasileiro

Tom joga no Rio Verde e falou de condições inumanas no clube do estado de Goiás.

Redação

Em entrevista ao Lance, o guarda-redes Tom, que chegou a disputar o Brasileirão com a Portuguesa, falou sobre os momentos conturbado que o Rio Verde atravessa no campeonato estadual de Goiás.

Entre lágrimas, o jogador de 25 anos abriu o jogo sobre a "falta de água e de comida" no emblema goiano e expôs a dura realidade enfrentada pelo plantel:

"Não temos condições de trabalho, é tudo feito com base na vontade. Depois da segunda jornada, contra o Goiás, não tínhamos água para beber na concentração. Tivemos que sair de madrugada do hotel para comprar garrafas de água numa área de serviço. No primeiro mês, alguns receberam salário e outros não. Depois começou a faltar a comida. Tínhamos o patrocínio de uma empresa alimentar, mas era comida imprópria para atletas: salsichas, carne picada e carne de porco todos os dias... Depois suspenderam o contrato e não o substituíram", explicou Tom, a quem o clube já garantiu esperar por um adiantamento monetário da Federação para que possa deixar todos os salários em dia:

"Nós estamos a cobrar. Disseram-nos que só estão à espera da Federação. As nossas famílias esperam-nos e já temos muitas saudades. Quem tinha melhores condições já saiu. Nós só ficamos porque precisamos mesmo", garantiu o guarda-redes.