Belmonte acolhe por estes dias os campeonatos nacionais e no primeiro dia o grande destaque foi para Domingos Gonçalves (RP-Boavista) que repetiu o título de 2017, com a marca de 43m06s. A elite masculina percorreu 33,9km, um percurso exigente, com muito sobe e desce, e tudo se resumiu a uma luta de irmãos, já que José Gonçalves (Katusha-Alpecin) ficou a 11 segundos. Tiago Machado, também da formação russa ficou a 19s.
"Tenho feito uma época regular e vim para disputar. Consegui vencer, mas todos estão de parabéns pela luta. Apostámos um jantar e o meu irmão sabe que tem de pagar agora", refere Domingos Gonçalves.
No crono sub-23 masculino, de 24,1km, Ivo Oliveira (Axeon Hagens Berman) venceu com o tempo de 31m35s, menos 28 segundos do que o companheiro de equipa João Almeida, segundo no Giro sub-23. Em terceiro mais um ciclista português a correr no estrangeiro. Tiago Antunes (Aldro Team), ficou a 51 segundos de Oliveira.
"É um sonho tornado realidade. Era o meu último ano sub-23. O João pode esperar pelos próximos anos", disse em tom de brincadeira Ivo Oliveira, pela primeira vez campeão nacional de contrarrelógio sub-23, logo depois do abraço ao companheiro de equipa.
No contrarrelógio feminino, Daniela Reis (Doltcini- Van Eyck Sport) confirmou o favoritismo e sagrou-se pela quarta vez campeã nacional na especialidade. Os 38m43 segundos no percurso de 24,1km, foram suficientes para bater a dupla da Sopela Women"s Tour: Maria Martins, campeã júnior em 2017 e Soraia Silva, vencedora da prova de elites no ano passado, ambas a mais de um minuto da candidata principal.
"Sabia que teria dificuldades devido a não ser muito pesada e protegi-me a rolar, acelerando nas subidas", detalhou Daniela Reis.
No sábado decorrem as provas de fundo femininas e os sub-23 masculinos. Se Daniela Reis volta a ser candidata, no masculino Rui, Ivo Oliveira e João Almeida poderão gerir a corrida para que seja a Axeon a vencer. No domingo é a vez de as elites regressarem ao asfalto para a prova de estrada.