Ainda esperava a bagagem no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, esta quinta-feira à noite, quando falou com o JOGO por telefone: "Eu não lhe disse que íamos ser campeões?", atirou, bem-disposto, o guarda-redes da Seleção Nacional de futebol de rua, que, antes da partida para o 1º europeu da modalidade, contara na rubrica Só Conversa a sua história pessoal e aspirações.
Uma delas é ser contratado por uma equipa de futsal da primeira divisão e, com este título, a esperança não só se manteve como cresceu. "Espero que este título me abra novas possibilidade no futsal. Ainda nem sei bem o que dizer, estamos ainda a festejar", afirmou o jogador de 27 anos, um dos seus elementos da Seleção Nacional que participou num evento que, para além da componente competitiva, dava também ao jogadores a oportunidade de conhecer sítios míticos.
"Adorei ter ido ao estádio do Manchester United. Visitámos os balneários e tudo. Foi espetacular. Tudo isto teve uma significado muito especial para mim e aprendi muita coisa", afirmou a O JOGO, garantindo que segunda-feira, quando voltar ao seu trabalho como técnico de ar condicionado, em Olhão, já não vai chegar atrasado como antes, espera chegar mesmo "uns cinco ou dez minutos antes" da hora de entrada.
No último jogo do Europeu, Portugal ganhou a Holanda, curiosamente com quem perdera no encontro de abertura da competição. "Entrámos muito nervosos no primeiro jogo, sentimos muita pressão, mas pouco a pouco fomos crescendo. Reunimos, vimos o que tínhamos feito de mal, Além disso, tínhamos prometido que íamos ganhar", justificou. Depois da derrota frente à Holanda, seguiram-se cinco vitórias.