28 de fevereiro de 2018
ATUALIZADO EM

Conselho de Arbitragem quer formar árbitros no campeonato sub-23

Órgão federativo tem participado ativamente na reflexão promovida pela FPF para a criação do novo campeonato

Alcides Freire

Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem, tem estado envolvido na reflexão promovida pela Federação no sentido de avaliar a criação de uma nova competição sub-23 e vê com entusiasmo a possibilidade de usar a nova prova na fase final da formação, não só dos jogadores, mas também dos próximos árbitros do quadro principal. "Um dos objetivos do CA é o de fazer com que os árbitros desta competição sub-23 possam ascender ao escalão principal e dirigir jogos da Liga NOS", refere em declarações a O JOGO. "Entendemos, por isso, que este será um espaço muito importante de afirmação para árbitros como os C2 Elite. Para além disso, consideramos que será um espaço sobretudo de crescimento, análise e acompanhamento de jovens árbitros com potencial." Fontelas Gomes considera também que esta pode ser a competição certa para "um primeiro contacto entre os jovens árbitros e uma ferramenta tão essencial como o videoárbitro" embora a utilização do VAR esteja a ser considerada apenas em determinadas fases da prova. "Numa primeira fase era inevitável que fossem os árbitros C1 a utilizar o videoárbitro, mas é desejável que no futuro esse contacto comece mais cedo. Quer do ponto de vista de quem está no relvado, quer para quem trabalha a partir do centro de videoarbitragem", explica o presidente do CA. A reflexão sobre a criação desta competição surge precisamente numa altura em que, de acordo com Fontelas Gomes, "o Conselho de Arbitragem estava a refletir sobre a formação de árbitros em Portugal", sendo encarada como uma oportunidade para "que os árbitros possam crescer em conjunto com aqueles que vão ser os jogadores do futuro na Liga NOS". "Essa proximidade ajuda ao desempenho, e ao crescimento, tanto dos árbitros como dos jogadores. Além dos jogos, o Conselho de Arbitragem tem diversas ideias para esta prova na área da formação, que levarão à organização de seminários conjuntos com árbitros, jogadores, treinadores e, muito importante, dirigentes", refere, encarando o projeto da nova competição como "uma espécie de laboratório para treinadores, jogadores e, evidentemente, também para os árbitros".