Entre todos os duelos dos "oitavos" da Champions, é o do Basileia frente ao Manchester City o que melhor ilustra as assimetrias financeiras na competição. Segundo um estudo divulgado pela "CIES-Football Observatory", o quadro de jogadores à disposição de Pep Guardiola representaram um investimento recorde no futebol de 878 milhões de euros, já considerando os 65 milhões (novo máximo do clube) despendidos com o central Aymeric Laporte. Um valor astronómico a superar os 805 do PSG, os 747 do Manchester United e os 725 milhões do Barcelona.
Em contraste, o campeão suíço, que esta quarta-feira vai tentar resistir no St. Jakob-Park, não gastou mais do que 26,5 milhões na compra de todos os seus jogadores, entre os quais os mais caros foram o ex-leão Ricky Wolfswinkel e o central Éder Balanta, ambos por 3,5 milhões. O plantel do Basileia não está abrangido pelo estudo atrás referido, focado nas cinco maiores ligas, mas é avaliado claramente como o menos valioso das 16 equipas em prova pelo site "Transfermarkt" (56 milhões de euros), bem abaixo de Besiktas (96) e Shakhtar (122). Certo é que para a formação de Raphael Wicky a chegada a esta fase já uma proeza notável, graças não apenas ao duplo êxito sobre o Benfica, mas também ao não menos surpreendente triunfo em casa ante o Man. United.
Recorde-se que, só nesta época, o grupo detido pelo xeque Mansour bin Zayed investiu 315 milhões de euros em reforços, visando não apenas a conquista da Premier League (bem encaminhada), mas também da Champions - o que seria inédito para o clube -, depois de em 2016/17 ter sido travado pelo Mónaco de Leonardo Jardim e... Bernardo Silva, precisamente nos "oitavos".