O fabuloso golo de estreia de Rúben Neves pelos Wolverhampton, na vitória frente ao Hull City (3-2), apenas confirmou o que os desafios anteriores já tinham permitido constatar. O craque português está num patamar qualitativo superior, justificando em pleno o investimento. O dinheiro é do grupo chinês Fosun, mas o talento e a elevada qualificação, a começar pela do técnico Nuno Espírito Santo, é sobretudo lusitana. De tal forma que alguns adeptos aurinegros já acompanham a equipa com bandeiras portuguesas, como se viu na terça-feira no estádio KCOM. Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens laudatórias sobretudo com um destinatário. "Sonhei esta noite que Rúben Neves era jogador dos Wolves e tinha marcado um golo de gritos numa fria terça-feira em Hull", é exemplo de uma publicação a ilustrar encantamento. Diogo Jota também já é um ídolo dos locais (tendo igualmente apontado o tento de estreia) e admitiu que "quando se conhece um colega é mais fácil jogar, mas toda a equipa tem jogado bem", referindo-se ao entendimento com Rúben e com outro ex-portista (este emprestado) Boly, único totalista. "O golo do Rúben foi maravilhoso e sei que poderá marcar muitos destes", prevê Jota. Até aqui, o Wolves exibiu o melhor futebol da Championship. É a opinião dos adeptos, mas também de técnicos como Leonid Slutski, do Hull, após os desempenhos frente a candidatos como os tigers e o Boro. Isto quando ainda falta (re)entrar o talento de Hélder Costa, a recuperar de lesão.
O melhor arranque desde 1969
As quatro vitórias nos quatro primeiros jogos oficiais (incluindo na Taça da Liga) alcançadas pelo Wolverhampton não aconteciam no clube desde 1969. Considerando apenas os desafios em campeonatos, os três triunfos são inéditos neste século - a última vez ocorreu em 1998/99. Uma das maiores potências do futebol inglês nos anos 50 e 60, o Wolverhampton, mantém, estatisticamente, o quinto lugar entre todos os clubes britânicos considerando os resultados desde a sua fundação. O adeptos aurinegros já sonham com um novo despertar.