23 de abril de 2021
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Klopp assume-se contra o novo formato da Liga dos Campeões

Treinador do Liverpool insurgiu-se, em tom crítico, pelo aumento de jogos na prova milionária e lamentou a falta de diálogo com jogadores e treinadores por parte da UEFA

Redação

O novo formato da Liga dos Campeões, recentemente aprovado pelo Comité Executivo da UEFA, foi, entretanto, criticado por alguns habituais intervenientes. Jurgen Kloop, treinador do Liverpool, revelou não apreciar o aumento de jogos na competição.

"Mostraram-me a ideia toda e disse: 'Não gosto, porque há mais jogos. Não sei onde vamos colocá-los". E veremos o que acontece depois. Talvez a UEFA peça para terminar a Taça de Inglaterra ou que a liga inglesa tenha apenas 18 equipas", ironizou o técnico dos reds, em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo com o Newcastle.

A partir da época 2024/25, a Liga dos Campeões será composta por só um grupo, no qual estarão 36 equipas, ao invés dos habituais 32 emblemas distribuídos por quatro grupos. No mínimo, cada equipa fará dez jogos e não os atuais seis. O sorteio será feito com base no rendimento dos clubes nas cinco edições anteriores da prova.

Para Jurgen Klopp, esta mudança aplicada (e ratificada), no passado dia 19 abril, no quadro competitivo da mais carismática competição de clubes do Velho Continente deve-se somente a um interesse financeiro.

"Quem me diz agora que não se trata de dinheiro? É uma piada. Eu disse a mesma coisa [com a] Liga das Nações, quando a FIFA quis o Campeonato Mundial de Clubes. Eles não perguntam, só quiseram introduzir. Qual é a razão para isso? Dinheiro", sublinhou o treinador germânico do Liverpool.

Jurgen Klopp aproveitou a ocasião para lamentar a falta de debate sobre a criação ou reformulação de competições, no caso europeias, em conjunto com as principais figuras do jogo e considerou não haver mais energia para uma maior densidade competitiva.

"As únicas pessoas que nunca são convidadas são os treinadores, os jogadores e os adeptos. Eu sei que os adeptos pensam: 'Joguem mais jogos, recebem muito dinheiro'. Mas nós já estamos no limite", concluiu.