17 de outubro de 2017
ATUALIZADO EM

Governo moçambicano analisa vazio na presidência do município de Nampula

O Governo moçambicano anunciou hoje que vai analisar, nos próximos 30 dias, a situação de vazio que se criou no município de Nampula, norte de Moçambique, com o assassinato do respetivo edil, Mahamudo Amurane, no passado dia 04.

Lusa

Em conferência de imprensa no final da sessão semanal do Conselho de Ministros, a porta-voz do órgão, Ana Comoana, evitou referir-se à realização de uma eleição intercalar para a substituição de Mahamudo Amurane, afirmando que as autoridades vão analisar os aspetos que possam interessar apreciar.

"Depois de toda a avaliação ponderada é que o Governo se vai pronunciar. Legalmente, o Governo tem 30 dias para se pronunciar, a partir do momento em que tomou conhecimento da declaração de impedimento do edil", declarou Ana Comoana.

De acordo com Ana Comoana, o executivo recebeu hoje a informação sobre a declaração de impedimento definitivo de Mahamudo Amurane aprovada pela assembleia municipal.

Mahamudo Amurane foi morto a tiro na sua residência em Nampula e o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou na semana passada que duas pessoas foram constituídas arguidas na sequência do homicídio.

A morte de Mahamudo Amurane provou focos de revolta popular no município de Nampula, onde a vítima era presidente desde 2013, eleito como candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o terceiro maior partido moçambicano.

Na sequência de divergências públicas com a direção do MDM, Mahamudo Amurane já tinha anunciado a intenção de abandonar o partido, com o objetivo de concorrer a um segundo mandato nas autárquicas do próximo ano, sem indicar se seria como independente ou filiado noutra formação partidária.

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