23 de maio de 2020
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V. Guimarães tem 10 opções para o meio-campo: "É mesmo um exagero"

Ivo Vieira explicou que André Almeida não tem jogado por ter muitos jogadores para o setor. João Alves, antigo médio, faz uma análise objetiva sobre o excesso de soluções.

Melo Rosa

Ivo Vieira disse, recentemente, que André Almeida, que começou a época a jogar com frequência, não era utilizado porque tinha muitas opções para o meio-campo. "Quando são 11 a brigar por um pão, a probabilidade de agarrar o pão é menor", explicou o técnico, que neste lote incluía Al Musrati, cedido ao Rio Ave em janeiro.

O treinador do V. Guimarães admitiu, assim, que tinha um elevado número de jogadores no setor intermédio, o que torna impossível que alguns joguem tanto quanto desejariam. "É um exagero ter tantos jogadores. É mesmo um exagero. Foi uma situação que deveria ter sido melhor pensada", defende João Alves, antigo médio. "Tem muitos jogadores que não jogam com regularidade e está a ocupar espaço com ativos sem resultados práticos quando poderia ter sido preenchido com atletas para outras posições, por exemplo para o ataque", analisa o ex-jogador que esteve no Vitória entre 2007 e 2012.

João Alves reconhece, no entanto, que é bom para o treinador ter "várias soluções quando, por exemplo, tem castigos ou lesões" e, frisou, "quando joga com uma equipa que pretenda mudar a ideia de jogo permite-lhe apostar em jogadores com características diferentes".

Entre os dez do meio-campo, Wakaso e Elias não jogaram, Joseph tem quatro jogos e André Almeida tem 11 e deixou de ser opção em janeiro. "Os que jogam não estão felizes, mas têm de estar motivados. Se tiverem qualidade e estiverem habituados a jogar é normal que fiquem com um bocadinho de "azia", mas um atleta tem de ser forte psicologicamente", considera o ex-vitoriano.