23 de fevereiro de 2021
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Feddal elogia o capitão e projeta futuro ao lateral revelação do campeonato

Central conta as origens no podcast "ADN de Leão" e lembra travessuras da viagem de Marrocos para Espanha.

Redação

Feddal tem dois destaques a fazer no plantel do Sporting e são colegas de defesa. "Coates é um capitão incrível, um grande companheiro. Tem a braçadeira de capitão e faz a sua tarefa muito bem. Ajuda toda a gente que está no clube, não fala muito, mas sabe o que dizer. O Porro tem nível para fazer uma grande carreira", comenta ao podcast ADN de Leão, explicando a alegria nesta temporada pelo Sporting: "Para trabalhar não há brincadeira. Quando o meu jogo não é bom fico muito chateado. Sou muito quente e nervoso, mas tento não mostrar o mau humor. Na carreira do jogador os momentos bons são poucos e os maus muitos. Ganhar a Taça da Liga foi uma coisa muito linda. Que possamos ganhar mais."

Depois, falou da história pessoal. "O meu pai era taxista, a minha mãe tomava conta dos filhos. O meu pai teve oportunidade para ir para a Europa, foi primeiro, depois estivemos à espera em Marrocos. Foi difícil deixar o meu país, eu era pequeno. Para a minha mãe foi difícil, mas a vida é assim. Fomos de autocarro, cruzámos toda a Espanha. Nunca vou esquecer o nosso reencontro. Levávamos roupa e documentos, nada mais. Deixámos tudo em Marrocos. Recordo perfeitamente a viagem com a minha mãe. É difícil ser emigrante, quando sais de um país com cultura, religião e mentalidade diferente. O meu pai é o meu exemplo. Teve uma vida muito difícil para ter o que conseguiu. Tivemos uma casa, escola, encontrámos uma vida feita para nós, para que estivéssemos bem. Chegou sozinho, não tinha nada", conta, lembrando o arriscar pelo futebol: "Os meus pais fizeram um esforço por mim, acreditaram que eu conseguiria. Tinha 16 anos quando fui para o Mónaco. Tinha um familiar em Nice, que é perto, conseguiu um teste no Mónaco e assinei. Fiz um ano lá. Foi difícil porque não falava francês."